"Pesquisa é o processo de entrar em vielas para ver se elas são becos sem saída." (Marston Bates)

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

PAISM: Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher


O Programa “Assistência Integral à saúde da Mulher: bases de ação programática” (PAISM) foi elaborado pelo Ministério da Saúde e apresentado na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da explosão demográfica em 1983, a discussão se pautava predominantemente sobre o controle da natalidade. O Ministério da Saúde teve um papel fundamental, pois influenciou no âmbito do Governo Federal e este por sua vez, se posicionou e defendeu o livre arbítrio das pessoas e das famílias brasileiras em relação a quando, quantos e qual o espaçamento entre os/as filhos/as.
Trata-se de um documento histórico que incorporou o ideário feminista para a atenção à saúde integral, inclusive responsabilizando o estado brasileiro com os aspectos da saúde reprodutiva. Desta forma as ações prioritárias foram definidas a partir das necessidades da população feminina, o que significou uma ruptura com o modelo de atenção materno-infantil até então desenvolvido. 
(...)
Destacamos que o Sistema Único de Saúde tem três esferas de atuação: federal, estadual e municipal. O nível federal tem principalmente, as atribuições de formular, avaliar e apoiar políticas; normalizar ações; prestar cooperação técnica aos Estados, ao Distrito Federal e municípios; e controlar, avaliar as ações e os serviços, respeitadas as competências dos demais níveis. A direção estadual do SUS tem como principais atribuições promover a descentralização de serviços; executar ações e procedimentos de forma complementar aos municípios; prestar apoio técnico e financeiro aos municípios. À direção municipal do SUS compete, principalmente, a execução, controle, avaliação das ações e serviços das ações de saúde. 

Os altos índices de mortalidade materna, por câncer de colo uterino, AIDS, câncer de mama, osteoporose, diabetes e tantas outras doenças podem ser evitadas desde que detectadas precocemente e curadas através de procedimentos que só têm sido oferecido episodicamente às mulheres, através de mutirões ou campanhas isoladas, cujos resultados não têm sido satisfatórios.

O PAISM aborda todas essas questões juntas e as oferece, com simplicidade e eficiência, a todas as mulheres na atenção primária (consultórios móveis e traillers). O projeto do Hospital Pérola Byington, de 1991 a 1998, demonstrou que isso é possível, viável e com ótimos resultados.

Um passo adiante nessa direção é alem do diagnóstico precoce promover a verdadeira prevenção e isso esta sendo oferecido a voce por um programa de computador especialmente preparado para este fim. (http://www.saudeprev.com.br/paism/index.php)


Foi verificado que a mulher, especificamente, exige uma atenção especial em função de fases diferentes da sua vida, situações diferentes na vida, patologias específicas, situações especificas...
Então em função disso e por um ideário feminista, a mulher é vista como um todo.
Assim, o Programa vai visar toda parte de Assistência Obstétrica, Clínico-Ginecológica e mais a parte Sistema de Vigilância Epidemiológica da Morte materna (que são as ações básicas).

Então, o PAISM diz que TODAS AS MULHERES têm direito a serem atendidas em TODOS os subprogramas do PAISM:
  • Pré-Natal,
  • Planejamento Familiar,
  • Prevenção de IST (Infecção Sexualmente Transmissível),
  • Prevenção de detecção precoce de câncer de Colo e Mama,
  • Menopausa,
  • Puerpério,
  • Habitação,
  • Outros...
Cada subprograma tem a sua forma de assistência à mulher, mas TODOS os profissionais que estão na atenção primária têm que ser capacitados e qualificados à mulher. Não precisam ser especialistas mas treinados em todos os subprogramas! 


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Precórdio e a Dor precordial

PRECÓRDIO: Na anatomia, o precórdio é a porção do corpo sobre o coração e à esquerda da porção inferior do esterno


DOR PRECORDIAL:  dor na região tórax situada sobre o coração e irradia para o braço esquerdo Podendo estar relacionada com angina.

Curiosidades:
  1. Nos homens a dor pré-cordial é o sintoma mais freqüente, já nas mulheres o cansaço e fadiga extrema são os sintomas mais encontrados.
  2. Nas mulheres é mais freqüente sentir náuseas, dores no epigástrio, ou nas costas, pescoço ou queixo.
  3. Muitas vezes, sintomas outros que não a dor, são sentidos já há muito tempo antes do infarto ocorrer.
  4. A intensidade da dor do infarto varia muito de doente para doente. A dor não necessita ser intensa.
  5. A dor geralmente irradia para o braço esquerdo, mas em 15% dos atingidos irradia para o braço direito.
  6. Muitos sintomas de doença das coronárias são ignorados pelos pacientes e também pelos médicos. Existem infartos silenciosos, que são revelados ao eletrocardiograma ou outros exames por ocasião de exames rotineiros.
  7. A parte do coração que necrosar, morrer, por ocasião de um infarto não é mais viável e não produzirá sintomas como dor. Logo, enquanto o doente sentir dor resta tecido cardíaco viável que pode se recuperar por si ou com tratamentos adequados. Quanto antes esse tecido doente for tratado, maiores as chances de ser recuperado.
  8. Se isso acontecer, se notar uma ou mais de uma das manifestações acima, não espere, vá ou chame imediatamente um serviço de emergência.



FONTES: http://pt.wikipedia.org/wiki/Prec%C3%B3rdio
                http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080921174138AAVFRaj
                http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?300

domingo, 23 de setembro de 2012

ALGUMAS DEFINIÇÕES: Circulação Colateral


 1. Fina rede de vasos que se forma, próximo ao local da obstrução de um vaso maior, na tentativa do organismo de manter o fluxo sanguíneo ao leito distal comprometido. (http://www.viamed.com.br/saorafael/informativoCardiologia02.htm)

2. As várias artérias coronárias têm inúmeras ramificações que as unem entre si, o que constitui uma grande vantagem, pois caso alguma deixe de irrigar um determinado sector do coração, outra pode compensar o seu funcionamento, evitando qualquer prejuízo. Trata-se da denominada circulação colateral, igualmente denominada "compensadora", pois muitas vezes permite que a extensão de um enfarte, em caso de obstrução de uma determinada artéria, fique mais limitada. 
(http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=111)

3. Normalmente, a circulação do sangue no miocárdio é feita pelas artérias coronárias. Quando ocorrem obstruções ao fluxo sanguineo normal, novos vasos pode ser formados ou abertos, de maneira que o sangue percorre caminhos alternativos, uma vez que os caminhos normais estão bloqueados. A esses vasos que compõem o caminho alternativo chamamos circulação colateral. A circulação colateral pode ser importante no infarto pois permite que o coração sofra menos após a obstrução coronária que levou ao infarto.
(http://www.incorriopreto.com.br/duvidas/duvida.asp?id=67 )

Dislipidemia – Colesterol e Triglicérides



O que é dislipidemia?

Dislipidemia significa que altos níveis de gorduras estão circulando no seu sangue. Essas gorduras incluem colesterol e triglicérides.

O colesterol é uma substância gordurosa encontrada na corrente sanguínea e em todas as células do seu corpo. É usado para formar membranas celulares, alguns hormônios e é necessário para outras importantes funções.
Seu organismo faz cerca de 1000 miligramas de colesterol por dia, principalmente pelo fígado. Outros 100 a 500 mg (ou mais) podem vir diretamente da alimentação.
O colesterol é parte de um corpo saudável, mas se está demais no seu sangue pode ser um problema. Não importa se você tem colesterol alto ou não, você precisa saber o que é colesterol e o que pode ser feito para controlá-lo. O colesterol alto é um fator de risco para doença coronariana e derrame.

Triglicérides são as gorduras mais comuns de seu organismo. Eles são também grande fonte de energia. Eles provêm da alimentação e seu corpo também produz. À medida que as pessoas vão envelhecendo, quando ganha peso ou ambos, seu colesterol e triglicérides tendem a subir.


Muitas pessoas que têm doença cardíaca, obesidade ou diabetes têm níveis elevados de triglicérides. Triglicérides elevado combinado com HDL baixo ou LDL alto favorece a aterosclerose. 

A alteração lipídica pode levar a uma condição de aterosclerose, em que placas de gordura, se depositam na parede das artérias, e se acumulam, diminuindo a elasticidade das artérias, prejudicando a circulação do sangue. Neste ponto a pressão pode começar a subir, já que precisará mais de pressão para passar em artérias parcialmente obstruídas, com a possibilidade de provocar um rompimento, levando ao derrame.


Diversos estudos têm mostrado que pessoas com triglicérides ≥ 150 mg/dl têm maior risco de ataque cardíaco ou derrame. Algumas dessas pessoas vão necessitar de tratamento.


O que causa dislipidemia?

A dislipidemia é causada quando se ingere uma dieta rica em colesterol e gorduras, quando o organismo produz colesterol e triglicérides demais ou ambas as situações.

Assim, você pode ter dislipidemia por estar com aumento de peso, ter dieta inadequada, ser sedentário, entretanto também pode ter mesmo não tendo nenhum destes fatores de risco mas por questões genéticas. Pode ainda ser causada por outras doenças que interfiram com o metabolismo como diabetes mellitus, hipotireoidismo, etc. ou pelo uso de alguns medicamentos como corticóides. Independente da causa, a dislipidemia pode causar doença cardíaca ou derrame.



Manter o colesterol sob controle é importante para todo indivíduo: homem ou mulher, jovem, meia-idade ou idoso e pessoas com ou sem doença cardíaca.


Como se diagnostica?

O colesterol e triglicérides altos não dão sintomas. É fácil ter colesterol alto e não sabê-lo. 
Daí a importância de dosá-lo através de exame de sangue. Conhecer seu colesterol pode ajudá-lo a tomar precauções para evitar o infarto ou derrame se você for de alto risco.

Todo indivíduo com 20 anos ou mais deve ter seu colesterol medido, pelo menos uma vez a cada 5 anos. Se você tiver história familiar de colesterol alto ou outro fator de risco, pode ser necessário dosá-lo antes e com uma freqüência maior.


O melhor é realizar o perfil geral do colesterol com medida de colesterol total, LDL, HDL e triglicérides. Este teste deve ser colhido com jejum de 12h.


Quais são os fatores de risco para desenvolver doença cardíaca?

• Pressão alta (tratada ou não tratada)
• Aumento de LDL (colesterol ruim)
• Baixo HDL (colesterol bom)
• Sedentarismo
• Sobrepeso e obesidade
• Diabetes mellitus
• Idade – homens ≥ 45 anos ou mulheres ≥ 55 anos
• Hereditariedade – história familiar de irmão e/ou pai com doença coronariana < 55 anos, ou mãe e/ou irmã < 65 anos



Como se deve tratar?

Os níveis desejáveis de cada fração de seu perfil de colesterol (HDL e LDL) dependem dos fatores de risco de cada indivíduo, portanto, seu médico irá orientá-lo, baseado em evidências clínicas, qual o melhor perfil de colesterol e triglicérides desejado no seu caso.

Muitas pessoas com triglicérides elevados têm doenças de base ou desordens genéticas. Diabetes e obesidade são dois exemplos.



A dislipidemia é tratada com mudanças no estilo de vida: mudanças na dieta, perda de peso se necessária e exercício. Tais medidas visam:
• Manter um peso adequado
• Comer alimentos com baixo teor de gordura saturada, trans e colesterol
• Praticar atividade física – pelo menos 30 minutos por dia na maior parte da semana
• Não fumar
• Bebida alcoólica com moderação.
• Pessoas com triglicérides elevados também devem reduzir a ingestão de carboidratos.

Em caso de falha desta terapêutica, o médico pode também prescrever medicamento. O tipo e a dose deste medicamento vão depender de seus níveis de colesterol e triglicérides, se você já tem doença cardíaca, diabetes ou outros fatores de risco para doença cardiovascular.

FONTE: http://www.institutoprocardiaco.com.br/dislipidemia.htm
              http://bioquimica-obesidade.blogspot.com.br/2010/08/doencas-associadas.html

sábado, 22 de setembro de 2012

TIRANDO AS DÚVIDAS: - O que é a doença coronária?





As artérias coronárias são artérias situadas na superfície do coração para alimentar o músculo cardíaco (miocárdio).

As artérias coronárias saudáveis têm um interior liso flexível, que deixa passar livremente o sangue.

A doença coronária consiste no desenvolvimento de placas no interior das artérias coronárias. Estas placas são formadas por depósitos de gordura e outras substâncias e chamam-se placas de aterosclerose.

As placas de aterosclerose causam estreitamento nas artérias e podem mesmo bloquear a passagem do sangue.




- Quais as causas da doença coronária?

Para a formação de placas de aterosclerose nas artérias coronárias contribuem fatores relacionados com o estilo de vida das pessoas. 

É o caso do tabaco, colesterol elevado, tensão alta, diabetes, obesidade, sedentarismo e do stress.

À medida que a idade avança o risco vai sendo maior. Os homens são mais atingidos por esta doença que as mulheres. Os fatores hereditários são também importantes.




- Quais os sintomas da doença coronária?

O estreitamento das artérias coronárias pode causar angina de peito.

A angina de peito é uma dor que aparece no peito, braços e pode irradiar para o queixo, quando o músculo cardíaco não recebe sangue suficiente. Geralmente surge com os esforços ou as emoções e desaparece com o repouso. 

Os doentes com placas de aterosclerose nas artérias coronárias estão em risco de ter um ataque cardíaco (enfarte agudo do miocárdio). 

Isto acontece quando uma artéria coronária fica completamente bloqueada. Aqui a dor surge repentinamente, não alivia com o repouso e é prolongada.




- Como se trata a doença coronária?

O tratamento da doença coronária divide-se em três tipos:


- Médico - utilização de medicação. Todo o doente coronário é medicado, podendo ser utilizados como único tratamento, mas também como complemento para as outras técnicas seguidamente apresentadas.

- Angioplastia Coronária - intervenção - consiste na dilatação das estenoses (pequenos apertos nas artérias que impedem a normal circulação sanguínea), e colocação de uma malha metálica (stent) para manter a artéria aberta e restabelecer a normal circulação. 

- Cirurgia de Revascularização Coronária - método que visa utilizar artérias ou veias da própria pessoa e com elas fazer uma ponte (bypass) que leva o sangue às zonas situadas para alam dos apertos do coração e assim restabelecer a normal circulação.


- Como se diagnostica a doença coronária?


O electrocardiograma simples pode mostrar sinais de um enfarte de miocárdio ou de fluxo de sangue insuficiente para o miocárdio (isquémia). Outros testes como o electrocardiograma de esforço ou a cintigrafia cardíaca são no entanto muito mais completos e informativos.


O melhor método para diagnosticar a doença coronária é a angiografia coronária. Esta técnica envolve a utilização de um tubo (cateter) inserido no corpo por uma artéria e através do qual é injectado um produto de contraste radiológico. Com uma câmara de raio X é feito um filme onde fica registado o fluxo sanguíneo e a exacta localização e a gravidade das obstruções nas artérias coronárias. Este procedimento é o cateterismo cardíaco e efectua-se num Laboratório de Hemodinâmica.


angiografia coronária
FONTE:  http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/1650937-que-%C3%A9-doen%C3%A7a-coron%C3%A1ria/

"Anatomia abdominal aplicada à semiologia"


Localização das partes da anatomia palpatória, relevante na hora do diagnóstico:

Existe duas linhas imaginárias horizontais, uma na altura dos arcos costais e outra na altura das cristas ilíacas.

Temos duas linhas verticais, indo dos mamilos até as cristas ilíacas, formando três regiões centrais chamadas de epigástrio, mesogástrio e hipogástrio, os espaços formados na lateral superior chama-se hipocôndrio direito e esquerdo, a outra região na lateral média é chamada de flanco direito e esquerdo e a porção lateral inferior é chamada de fossa ilíaca direita e esquerda.


Então, sabendo a posição anatômica de cada órgão, é possível diagnosticar doenças como apendicite, cisto no ovário, doenças no intestino grosso simplesmente com a palpação.




1.  QSD:
Fígado: lobo direito
Vesícula biliar
Estômago: piloro
Duodeno: partes 1-3
Pâncreas: cabeça
Glândula supra-renal direita
Rim direito
Flexura cólica direita (hepática)
Colo ascendente: parte superior
Colo transverso: metade direita


2.  QSE
Fígado: lobo esquerdo
Baço
Estômago
Jejuno e íleo proximal
Pâncreas: corpo e cauda
Rim esquerdo
Glândula supra-renal esquerda
Flexura cólica esquerda (esplênica)
Colo transverso: metade esquerda
Colo descendente: parte superior


3.  QID
Ceco
Apêndice vermiforme
Maior parte do íleo
Colo ascendente: parte inferior
Ovário direito
Tuba uterina direita
Ureter direito: parte abdominal
Funículo espermático direito: parte abdominal
Útero (se aumentado)
Bexiga urinária (se muito cheia)


4.  QIE
Cólo sigmóide
Colo descendente: parte inferior
Ovário esquerdo
Tuba uterina esquerda
Ureter esquerdo: parte abdominal
Funículo espermático esquerdo: parte abdominal
Útero (se aumentado)
Bexiga urinária (se muito cheia)

  


Vísceras de cada área:

1. Hipocôndrio direito: fígado, vesícula biliar, duodeno
2. Epigástrio: estômago e parte do fígado
3. Hipocôndrio esquerdo: baço
4. Flanco direito: colo ascendente;
5. Mesogástrio
6.Flanco esquerdo: colo descendente 
7.Fossa ilíaca direita: intestino grosso, ceco e apêndice;.
8.Hipogástrio: o útero, uretra e bexiga;
9.Fossa ilíaca esquerda:




segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Cartilha orienta mulheres sobre vacinas


Click na foto e veja a reportagem na íntegra.
A Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia lançam neste sábado, 15, em Salvador, o Consenso de Vacinação da Mulher, cartilha que contém orientações sobre as vacinas que devem ser tomadas pela mulher ao longo de toda a vida.