"Pesquisa é o processo de entrar em vielas para ver se elas são becos sem saída." (Marston Bates)

sábado, 31 de março de 2012

ASCARIDÍASE

Aproximadamente 25% da população mundial possui estes parasitas, sendo tais ocorrências típicas de regiões nas quais o saneamento básico é precário.


Fêmea adulta.Ascaris lumbricoides é uma espécie de nematódeo da família Ascarididae. Parasito de humanos causa a ascaridíase. Os vermes adultos medem entre 15 cm e 40 cm de comprimento e desenvolvem-se no intestino delgado do hospedeiro, no qual macho e fêmea se acasalam.














     A ascaridíaseascaridoseascariose e ascaríase é uma parasitose geralmente benigna causada pelo verme nemátode Ascaris lumbricoides, também conhecido popularmente como lombriga ou bicha.
     São vermes nemátodes, ou seja fusiformes sem segmentação, e com tubo digestivo completo. A reprodução é  sexuada, sendo a fêmea (com até 40 cm de comprimento) bem maior que o macho, e com o diâmetro de um lápis. Os ovos têm 50 micrometros e são absolutamente invisíveis a olho nu. Ao contrario da crença popular, a Ascaridíase não é "Criada" quando uma pessoa fica assustada ou traumatizada.

MECANISMO DE TRANSMISSÃO E HABITAT:

     Ciclo da Ascaridíase

1- A ingestão de água ou alimento (frutas e verduras) contaminados pode introduzir ovos de lombriga no tubo digestório humano.


2- No intestino, cada ovo se rompe e libera uma larva.


3- Cada larva penetra no revetimento intestinal e cai na corrente sanguínea, atingindo fígado, coração e pulmões, onde sofre algumas mudanças de cutícula e aumenta de tamanho.


4- Permanece nos alvéolos pulmonares podendo causar sintomas semelhantes ao de pneumonia.


5- Ao abandonar os alvéolos passam para os brônquios, traquéia, laringe (onde provocam tosse com o movimento que executam) e faringe.


6- Em seguida, são deglutidas e atingem o intestino delgado, onde crescem e se transforma em vermes adultos.


7- Após o acasalamento, a fêmea inicia a liberação dos ovos. Cerca de 15.000 por dia. Todo esse ciclo começou com a ingestão de ovos, até a formação de adultos, dura cerca de 2 meses.


8- Os ovos são eliminados com as fezes. Dentro de cada ovo, dotado de casca protetora, ocorre o desenvolvimento de um embrião que, após algum tempo, origina uma larva.


9- Os ovos contidos nas fezes contaminam a água de consumo e os alimentos utilizados pelo homem.

SINTOMAS:

    Em várias situações podem surgir sintomas dependendo do órgão atingido. Devido ao espalhamento das larvas, febre, dor de barriga, diarreia, náuseas, bronquite, pneumonia, convulsões e esgotamento físico e mental, falta de apetite ou nenhum sintoma. 
  Quando há grande número de vermes pode haver quadro de obstrução intestinal. A larva pode contaminar as vias respiratórias, fazendo o indivíduo apresentar tosse, catarro com sangue ou crise de asma. Se uma larva obstruir o colédoco pode haver icterícia obstrutiva.
 São alguns sintomas que podem se apresentar; dependendo do órgão que foi afetado. Entretanto, em muitos casos a verminose se apresenta assintomática.

PROFILAXIA:

Como se previne?
Através de medidas de saneamento básico:
     É necessário, também, fazer o tratamento de todos os portadores da doença. A ascaridíase está mais presente em países de clima tropical e subtropical. As más condições de higiene e a utilização das fezes como adubo contribuem para a prevalência dessa verminose nos países do terceiro mundo.

DIAGNÓSTICO:

     É necessário que se faça exames de fezes, onde podem ser encontrados os ovos deste animal. Existe tratamento, que é feito com uso de fármacos e adotando medidas de higiene básica.


FONTES:


1- http://pt.wikipedia.org/wiki/Ascaris_lumbricoides
2- http://pt.wikipedia.org/wiki/Ascarid%C3%ADase
3- http://www.brasilescola.com/doencas/ascaridiase.htm
4- http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/Ascaridiase.php

sexta-feira, 30 de março de 2012

ENTEROBÍASE ou OXIURÍASE

AGENTE ETIOLÓGICO:

  • Enterobius vermiculares


NÃO POSSUI HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO,
SENDO EXCLUSIVO DO HOMEM.
             Enterobíase/Enterobiose ou Oxiurose/Oxiuríase é o nome da infecção por oxiúros (Enterobius vermicularis), que são vermes nematódeos com menos de 15 mm de comprimento e que parasitam o intestino dos mamíferos, principalmente primatas, incluindo o homem. É a única parasitose que ainda é hoje comum nos países desenvolvidos, atingindo particularmente as crianças.
O oxiúro é um verme *nemátode pequeno e fusiforme. As fêmeas têm cerca de 1 centímetro e cauda longa, enquanto os machos apenas 3 milímetros.
*Os nemátodes são organismos pertencentes ao filo Nemata (=Nematoda), e constituem o
mais numeroso grupo de metazoários existente no solo
MORFOLOGIA:

FÊMEA: 1cm. Extremidade posterior em forma de fio. Quando está grávida parece um "saco com ovos".
MACHO: 5mm. Extremidade posterior enrolada ventralmente para proteção do espículo.
OVO: Forma de um D. possui membrana dupla e transparente, com larva dentro. 

HABITAT:
Ceco e apêndice. As fêmeas com ovos são encontradas na região perianal. Nas mulheres, esse parasita pode ser encontrado na vagina, útero e bexiga. 
MODO DE TRANSMISSÃO:
São diversos os modos de transmissão:
a) Direta: do orificio retal para a cavidade oral, através dos dedos, principalmente nas crianças, doentes mentais e adultos com precários hábitos de higiene.
b) Indireta: através da poeira, alimentos e roupas contaminados com ovos.
c) Retroinfestação: migração das larvas da região retal para as regiões superiores do intestino grosso, onde se tornam adultas. Os ovos se tornam infectantes poucas semanas após terem sido colocados na região periretal pelas fêmeas grávidas, que migram ativamente do ceco e porções superiores do cólon até a luz do reto e daí para a região periretal, onde fazem a ovoposição.
SINTOMAS:
- Movimentação das fêmeas grávidas por ocasião da postura na região retal e/ou periretal, gerando prurido (coceira) predominantemente noturna, sendo este o principal sintoma da infestação.
- Pela localização dos vermes no intestino podem ocorrer manifestações digestivas diversas.
- Migração das fêmeas para a órgão genital feminino, vulva, útero, etc. determinando vulvovaginite com corrimento e prurido.
CICLO BIOLÓGICO:
Monoxênico
Após a cópula, os machos morrem e são eliminados junto com as fezes. 
As fêmeas então com ovos vai para o ânus para ovoposição, pricipalmente à noite (causando o prurido anal noturno), pois esperam diminuir o metabolismo do hospedeiro. Para a liberação dos ovos, o tegumento da fêmea fica bem fino. 
Os ovos se tornam infectantes em 6h e são ingeridos pelo hospedeiro. 
As larvas rabditóides eclodem no intestino delgado, sofrendo 2 metamorfoses até o ceco, onde se transformam em adultos. 
Depois de 1 a 2 meses as fêmeas vão para a região perianal e se não houver reinfecção, o parasitismo se extingue aí. 
A sobrevida do verme é de 2 meses.
PROFILAXIA:
O tratamento deve ser indicado para todas as pessoas da família quando um caso é diagnosticado, para todos os participantes de um grupo comunitário, para interromper o ciclo da transmissão que no caso é fezes ---> boca ---> fezes.
São usados como medicamentos o mebendazol, o albendazol, o pamoato de pirantel, todos com altos índices de cura ( 95% ).
As heteroinfecções são evitadas pelo tratamento conjunto.
Apesar dos altos índices de cura a terapêutica deve ser repetida após 2 semanas.
O controle de cura é feito uma semana após o segundo esquema terapêutico, pelo método do swab retal, durante 7 dias consecutivos (ou cinco em dias alternados).
DIAGNÓSTICO:
O diagnóstico laboratorial feito através do exame comum de fezes é falho, pois somente em 5% dos casos são encontrados ovos ou vermes adultos.
O melhor método é feito através do swab retal (um palito com chumaço de algodão na ponta) ou pelo chamdo método de Graham (fita adesiva transparente e lâmina de microscopia).
A coleta deve ser feita pela manhã, antes de qualquer higiene.


FONTES: 

sexta-feira, 9 de março de 2012

ESTÁGIOS DA ÚLCERA DE PRESSÃO (ESCARA)

DEFINIÇÃO:


A ÚLCERA DE PRESSÃO é uma área localizada de necrose celular que tende a se desenvolver quando o tecido mole é comprimido entre uma proeminência óssea e uma superfície dura por um período prolongado de tempo.
Outros termos freqüentemente usados são úlceras de decúbito, escara, escara de decúbito porém, por ser a pressão o agente principal para a sua formação, recomenda-se a adoção do termo – úlcera de pressão (UP).
O termo escara deve ser utilizado para designar a parte necrótica ou crosta da ferida e não como seu sinônimo.

As localizações mais comuns das úlceras de pressão são a região sacral e os calcâneos. Ao redor de 60% das úlceras de pressão se desenvolvem na área pélvica ou abaixo.
                                                                   

COMO SE DESENVOLVE:
A úlcera de pressão se desenvolve quando se tem uma compressão do tecido mole entre uma proeminência óssea e uma superfície dura por um período prolongado. O local mais freqüente para o seu desenvolvimento é na região sacra, calcâneo, nádegas, trocânteres, cotovelos e tronco.


QUAIS AS CAUSAS E FATORES DE RISCO?
São vários os fatores que podem aumentar o risco para o desenvolvimento da úlcera de pressão como: imobilidade, pressões prolongadas, fricção, traumatismos, idade avançada, desnutrição, incontinência urinária e fecal, infecção, deficiência de vitamina, pressão arterial, umidade excessiva, edema.


ESTÁGIO DA ÚLCERA DE PRESSÃO:

As úlceras de pressão podem classificadas em: 
Estágio I
quando a pele está intacta, mas se observa vermelhidão e um pouco de ulceração de pele.
Estágio II
quando a pele já está perdendo sua espessura, manifestando abrasão, bolha ou cratera superficial
Estágio III
quando se observa uma ferida de espessura completa, envolvendo a epiderme, a derme e o subcutâneo.
Estágio IV
quando se tem uma lesão significante, onde há a destruição ou necrose para os músculos, ossos e estruturas de suporte( tendões e cápsula articular).

COMO PREVENIR?
Manter alguns cuidados com a pele do paciente é fundamental. A atuação fundamental é no alívio da pressão da pele, nas áreas de maior risco, ou onde se tem ossos mais proeminentes. Alguns cuidados são bem importantes, e podem ser realizados desde os primeiros momentos que o paciente ficou acamado, seja em casa ou no hospital. 
Atenção – áreas avermelhadas não devem ser massageadas, para não aumentar a área já lesionada.

Manter colchão piramidal (caixa de ovo) sobre o colchão da cama do paciente.
Mudar sempre o paciente acamado de posição.
Colocar travesseiros macios embaixo dos tornozelos para elevar os calcanhares.
Colocar o paciente sentado em poltrona macia, ou revestida com colchão piramidal, várias vezes ao dia.
Quando sentado mudar as pernas de posição, alternando as áreas de apoio.
Manter alimentação rica em vitaminas e proteína.
Manter hidratação.
Trocar fraldas a cada três horas, mantendo paciente limpo e seco..
Hidratar a pele com óleos e/ou cremes a base de vegetais
Utilizar sabonetes com pH neutro para realizar a limpeza da região genital.
Estar atento para o aparecimento de candidíase e outras infecções por fungos. Nesses casos, procurar o médico.
Aplicação de filme transparente e/ou cremes ou loções a base de AGE nas áreas de risco aumentado para lesões
Realizar massagem suave na pele sadia, em áreas potenciais de pressão, com loção umectante e suave.
Manter a limpeza das roupas de cama, bem como mantê-las seca e bem esticadas.
NÃO utilizar lâmpada de calor sobre a pele, pois estimulam o ressecamento da mesma.


FONTES: