Urticária é uma lesão de pele cuja principal característica é a formação de pápulas (elevações circulares, salientes e bem demarcadas) circundadas por vergões vermelhos (eritema) e inchaço (edema).
As placas de urticária costumam coçar muito. Elas podem surgir de repente, em qualquer região do corpo, e desaparecer espontaneamente em pouco tempo para ressurgir depois, em alguns casos, em outro local.
Em geral, seu aparecimento está associado à ação da histamina, uma substância liberada pelos mastócitos, células do tecido conjuntivo responsáveis pela dilatação e permeabilidade dos pequenos vasos sanguíneos.
A libração de histamina pelos mastócitos pode ser provocada diretamente por um agente infeccioso, como uma bactéria ou vírus.
A urticária pode ser um sintoma de uma infecção, como são a tosse, o espirro, a dor de garganta, etc. Em alguns casos, a urticária pode ocorrer secundariamente a estímulos físicos, como contato com calor, frio, sol, pressão sobre a pele, contato com água, exercício físico, etc. Este tipo de urticária é chamada urticária física, e também não é uma forma de alergia.
A urticária alérgica, por outro lado, ocorre quando um paciente alérgico a certos tipos de alimentos, medicamentos ou substâncias entra em contato com os mesmos. Nestes casos, a urticária é uma das manifestações da reação alérgica.
A urticária é uma dermatose bem comum, cerca de 20% da população apresenta pelo menos um episódio agudo da doença em sua vida. Cerca de 50% dos pacientes com urticária apresentam apenas lesões de pele, 10% apenas angioedema e 40% apresentam lesões de pele e angioedema juntos.
Dependendo do tempo de evolução da crise, a urticária pode ser classificada em aguda (com duração inferior a seis semanas ou constituída por um único episódio transitório e autolimitado) ou crônica, quando a afecção persiste por mais de seis semanas.
Há casos em que a urticária vem acompanhada pelo angioedema, um inchaço proveniente das camadas mais profundas da derme, que atinge sobretudo pálpebras, lábios, orelhas, pés, mãos e genitais. Embora pouco comum, o angioedema pode afetar a mucosa da boca e da garganta, a ponto de promover um bloqueio das vias aéreas superiores e edema de glote (edema de Quinck), complicações graves da doença que põem a vida em risco.
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