Os primeiros registros de doenças causadas por vermes parasitários, ou helmintos, se encontram no papiro de Ebers, de 1500 a.C., em que se reconhecem descrições de tênias e lombrigas, estas últimas de incidência ainda bastante comum no Brasil e outros países do terceiro mundo no final do século XX.
Helmintos ou vermes são animais metazoários muitos dos quais parasitos que vivem em várias partes do corpo humano.
Os helmintos podem-se classificar em três grandes grupos: nematódios, ou vermes cilíndricos; cestóides, ou vermes chatos; e trematódeos, providos de ventosas.
Os helmintos podem multiplicar-se dentro ou fora do corpo do hospedeiro. Isso depende do ciclo vital específico de cada parasito.
Os que parasitam o intestino do homem quase nunca produzem por si sós a morte do hospedeiro. Trazem, no entanto, malefícios ao organismo parasitado, muitas vezes debilitando-o perigosamente. Entre os helmintos intestinais mais comuns estão os oxiúros, os ascarídeos, os ancilóstomos e as tênias.
- NEMATÓDEOS ou vermes cilíndricos:
São considerados o grupo de metazoários mais abundante na biosfera, com estimativa de constituírem até 80% de todos os metazoários com mais de 20.000 espécies já descritas, de um número estimado em mais de 1 milhão de espécies atuais que incluem muitas formas parasitas de plantas e animais. Apenas os Arthropoda apresentam maior diversidade.
Entre as principais parasitoses destacam-se:
Ascaridíase (Ascaris lumbricoides) → verme que vive e se reproduz no trato digestivo humano (intestino delgado). Mede, quando adulto, aproximadamente cinquenta centímetros, cujo modo de transmissão ocorre pela ingestão de ovos infectantes deste helminto, contidos no solo, na água ou nos alimentos contaminados com fezes humanas.
Normalmente sem sintomatologia, contudo pode causar dor abdominal, diarreia, náusea (vômito) e anorexia (distúrbio alimentar), causando também obstrução intestinal conforme a grande quantidade de vermes; bronquite e pneumonia quando as larvas migram para o pulmão.
Entre as medidas profiláticas destacam: higiene pessoal, lavar bem os alimentos e filtrar ou ferver a água antes do consumo e saneamento básico.
Ancilostomose e Necatoríase (Ancylostoma duodenali e Necator americanus - amarelão) → vermes com cerca de 20 milímetros e extremidade em forma de gancho, reproduzindo-se através de ovos expulsos juntamente às fezes. Essas eclodem no solo quente e úmido liberando larvas capazes de penetrar na pele de um hospedeiro humano.
Dentro do organismo, invade o sistema linfático e em seguida o circulatório, migrando para o coração e também para as vias respiratórias (o pulmão). Permanecem nos alvéolos pulmonares, progredindo aos brônquios e atingindo a faringe, sendo então deglutidas, passando pelo esôfago, estômago, atingindo o intestino onde depositam mais de 10.000 ovos por dia.
Manifestando os seguintes sintomas: anemia por perda de sangue (o indivíduo fica com aparência amarelada), fraqueza, irritação na pele no local da penetração da larva.
Medidas profiláticas: tratamento dos doentes, evitar contato com solo contaminado (uso de calçado) e saneamento básico.
Entre as demais parasitoses também importantes estão: Ancylostoma braziliensis(bicho-geográfico ou larva-migrans), Wucherelia bancrofti (filaria) e Oxyurus vermiculares ou Enterobius vermicularis (oxiurose ou enterobiose).
Ascaridíase (Ascaris lumbricoides) → verme que vive e se reproduz no trato digestivo humano (intestino delgado). Mede, quando adulto, aproximadamente cinquenta centímetros, cujo modo de transmissão ocorre pela ingestão de ovos infectantes deste helminto, contidos no solo, na água ou nos alimentos contaminados com fezes humanas.
Normalmente sem sintomatologia, contudo pode causar dor abdominal, diarreia, náusea (vômito) e anorexia (distúrbio alimentar), causando também obstrução intestinal conforme a grande quantidade de vermes; bronquite e pneumonia quando as larvas migram para o pulmão.
Entre as medidas profiláticas destacam: higiene pessoal, lavar bem os alimentos e filtrar ou ferver a água antes do consumo e saneamento básico.
Ancilostomose e Necatoríase (Ancylostoma duodenali e Necator americanus - amarelão) → vermes com cerca de 20 milímetros e extremidade em forma de gancho, reproduzindo-se através de ovos expulsos juntamente às fezes. Essas eclodem no solo quente e úmido liberando larvas capazes de penetrar na pele de um hospedeiro humano.
Dentro do organismo, invade o sistema linfático e em seguida o circulatório, migrando para o coração e também para as vias respiratórias (o pulmão). Permanecem nos alvéolos pulmonares, progredindo aos brônquios e atingindo a faringe, sendo então deglutidas, passando pelo esôfago, estômago, atingindo o intestino onde depositam mais de 10.000 ovos por dia.
Manifestando os seguintes sintomas: anemia por perda de sangue (o indivíduo fica com aparência amarelada), fraqueza, irritação na pele no local da penetração da larva.
Medidas profiláticas: tratamento dos doentes, evitar contato com solo contaminado (uso de calçado) e saneamento básico.
Entre as demais parasitoses também importantes estão: Ancylostoma braziliensis(bicho-geográfico ou larva-migrans), Wucherelia bancrofti (filaria) e Oxyurus vermiculares ou Enterobius vermicularis (oxiurose ou enterobiose).
- CESTÓIDES, ou vermes chatos:
Cestodeos são animais exclusivamente parasites, hermafroditas, sem aparelho digestivo, de celoma obliterado, geralmente constituído por um segmento anterior com órgão de fixação, o escolex, e uma série de segmentos constituídos por organismos sexuados oriundos, por brotação, do segmento anterior; evolução heteroxena por ovos simples ou com dois invólucros, embrião ciliado com 6 ganchos.
Fazem parte da Classe Cestoda quatro ordens:
• Cyclophyllidea cestódeos com 4 ventosas parasitas do homem e dos animais domésticos, tem 5 famílias de interesse veterinário:
• Taeniidae
• Anoplocephalidae
• Dilepididae
• Davaineidae
• Hymenolepididae
• Pseudophyllidea cestódeos com 2 pseudobotrias, parasitos do homem e dos animais domésticos; tem uma família de interesse veterinário: Diphyllobothriidae
• Tetraphyllidea cestódeos com 4 botrias, parasitos de peixes, anfíbios e répteis
• Trypanoryncha cestódeos com 4 botrias e 4 tentáculos espiníferos, parasitos de peixes.
Tipos:
-Teníase X Cisticercose:
São duas doenças distintas com sintomas e epidemiologia totalmente diferentes, apesar de serem causadas pela mesma espécie de cestódeo (parasita).
A teníase é causada pela Taenia solium e/ou pela Taenia saginata, também conhecida como “solitária”.
Já a cisticercose é causada pelas larvas dessas espécies de parasitas.
Como se transmite?
O homem é o hospedeiro definitivo e consequentemente a principal fonte de infecção deste parasita, sendo responsável pela transmissão aos animais e a si próprio.
Teníase – é adquirida através do consumo de carne crua ou insuficientemente cozida contendo os cisticercos (larvas).
Cisticercose – através do consumo de alimentos contaminados com os ovos da tênia, frutas, verduras, hortaliças que não são higienizados corretamente, através do consumo de água contaminada, ou ainda, no homem com teníase pode haver a auto-infestação já que os ovos podem ser encontrados nas mãos do hospedeiro, na região perianal (ânus) e perineal, nas roupas e até mesmo na mobília da residência.
Ciclo evolutivo:
Teníase – a teníase é adquirida pelo homem quando ele ingere carne o cisticerco (larva) e este evolui para a forma adulta no intestino delgado. O verme adulto se fixa e começa a expelir os ovos e proglótides, que são excretados nas fezes humanas e podem contaminar o solo, a água e os alimentos.
Cisticercose – Ao ingerir ovos viáveis da tênia, estes chegam ao estômago e liberam o embrião que atravessa a mucosa gástrica, vai para a corrente sanguínea e se distribui pelo corpo, pode alcançar diversos tecidos (músculos, coração, olhos e cérebro) aonde irá se desenvolver o cisticerco (larva). Ao atingir o cérebro causam a Neurocisticercose, que é a forma mais grave da infecção.
Observações sobre a teníase/cisticercose:
O suíno não causa cisticercose no homem. O homem é que causa cisticercose no suíno.
Um homem com teníase é uma importante fonte de transmissão de cisticercose e de teníase.
O suíno não é fonte de transmissão, apenas participa do ciclo da doença que é transmitida a ele pelo homem.
O homem não adquire cisticercose ao ingerir carne bovina ou suína crua ou mal passada, mas pode adquirir a teníase se não tomar os devidos cuidados.
Os suínos e bovinos não possuem a tênia ou “solitária”, apenas o homem possui a fase adulta.
Se não houver pessoas com teníase, não haverá cisticercose nos suínos e bovinos.
-Teníase X Cisticercose:
São duas doenças distintas com sintomas e epidemiologia totalmente diferentes, apesar de serem causadas pela mesma espécie de cestódeo (parasita).
A teníase é causada pela Taenia solium e/ou pela Taenia saginata, também conhecida como “solitária”.
Já a cisticercose é causada pelas larvas dessas espécies de parasitas.
Como se transmite?
O homem é o hospedeiro definitivo e consequentemente a principal fonte de infecção deste parasita, sendo responsável pela transmissão aos animais e a si próprio.
Teníase – é adquirida através do consumo de carne crua ou insuficientemente cozida contendo os cisticercos (larvas).
Cisticercose – através do consumo de alimentos contaminados com os ovos da tênia, frutas, verduras, hortaliças que não são higienizados corretamente, através do consumo de água contaminada, ou ainda, no homem com teníase pode haver a auto-infestação já que os ovos podem ser encontrados nas mãos do hospedeiro, na região perianal (ânus) e perineal, nas roupas e até mesmo na mobília da residência.
Ciclo evolutivo:
Teníase – a teníase é adquirida pelo homem quando ele ingere carne o cisticerco (larva) e este evolui para a forma adulta no intestino delgado. O verme adulto se fixa e começa a expelir os ovos e proglótides, que são excretados nas fezes humanas e podem contaminar o solo, a água e os alimentos.
Cisticercose – Ao ingerir ovos viáveis da tênia, estes chegam ao estômago e liberam o embrião que atravessa a mucosa gástrica, vai para a corrente sanguínea e se distribui pelo corpo, pode alcançar diversos tecidos (músculos, coração, olhos e cérebro) aonde irá se desenvolver o cisticerco (larva). Ao atingir o cérebro causam a Neurocisticercose, que é a forma mais grave da infecção.
Observações sobre a teníase/cisticercose:
O suíno não causa cisticercose no homem. O homem é que causa cisticercose no suíno.
Um homem com teníase é uma importante fonte de transmissão de cisticercose e de teníase.
O suíno não é fonte de transmissão, apenas participa do ciclo da doença que é transmitida a ele pelo homem.
O homem não adquire cisticercose ao ingerir carne bovina ou suína crua ou mal passada, mas pode adquirir a teníase se não tomar os devidos cuidados.
Os suínos e bovinos não possuem a tênia ou “solitária”, apenas o homem possui a fase adulta.
Se não houver pessoas com teníase, não haverá cisticercose nos suínos e bovinos.
- TREMATÓDEOS, providos de ventosas:
Os tremátodes têm órgãos adesivos orais e ventrais que os fixam ao hospedeiro, do qual sugam tecidos, muco, fluidos e/ou sangue.
Os tremátodes que integram o ser humano no seu ciclo de vida - e que por isso provocam a doenças infecciosas tais como a trematodose - pertencem todos à sub-classe Digenea. Esta é, por sua vez, dividida de acordo com o alvo afectado pelo parasita, que pode ser tecidos, em particular do fígado, ou sangue.
Alguns tremátodes
Esquistossomose: doença causada pelo verme Schistosoma mansoni
A esquistossomose ou barriga-d’àgua é a doença causada pelo verme Schistosoma mansoni.
Trata-se de um verme de sexo separado, cujos machos medem cerca de 12mm de comprimento por 0,44 mm de largura. No meio do corpo ele possui um canal denominado ginecóforo, onde se aloja a fêmea no momento da reprodução. A fêmea é pouco mais comprida que o macho, mas tem o corpo mais fino.
Para compreender como a esquistossomose é adquirida é necessário o estudo de ciclo vital do esquistossomose (veja na ilustração ao lado).
Tudo começa quando as larvas do verme, as cercárias, penetram no organismo humano através da pele. Essas larvas são encontradas principalmente em águas paradas, de modo que o principal meio de contaminação é o banho em lagos infestados.
Os sinais e sintomas da esquistossomose têm relação com a locomoção dos vermes no organismo humano. Um dos sinais é o aumento do volume abdominal, popularmente chamada de “barriga d´agua”.
A profilaxia da doença se faz pelo combate ao caramujo, que é o hospedeiro intermediário
FONTES:
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