"Pesquisa é o processo de entrar em vielas para ver se elas são becos sem saída." (Marston Bates)

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

SONDAGEM VESICAL

CONCEITO:


É a introdução de uma sonda ou cateter que pode ser realiza através da uretra ou por via supra-púbica, até a bexiga a fim de retirar a urina, com o objetivo de remoção da urina.

VIA URETRAL: 

VIA SUPRA-PÚBICA:


INDICAÇÕES:

- Quando o paciente está impossibilitado de urinar;
- Para colher urina asséptica para exames;
- No preparo pré-parto, 
pré-operatório e exames pélvicos (quando indicados);
- Em pacientes com incontinência urinária;
- Diagnóstico de estenose: (estreitamento anormal de um vaso sanguíneo, outro órgão ou estrutura tubular do corpo);
- Administração de fármacos intravesicais;
- Mielomeningocele (defeito congênito em que a espinha dorsal e o canal espinhal não se fecham antes do nascimento. A doença é um tipo de espinha bífida.).

O cateterismo vesical pode ser denominado de duas maneira, que são de acordo com sua função e tempo de permanência:

Sondagem de Alívio: quando existe uma retirada da sonda após o procedimento
(ex: bexiga neurogênica).

Sondagem de Demora: quando há necessidade de estender por no máximo 15 dias a permanência do cateter.

    OBS: Em casos de cateterismo vesical de demora, a bexiga não se enche 
nem se contrai para seu esvaziamento, perdendo com o tempo um pouco de sua tonicidade e levando a incapacidade de contração do 
músculo esfíncter uretral interno.


CONTRAINDICAÇÕES:

Existem algumas situações que evita-se o cateterismo uretral pelo risco de complicações, são elas:

·         Traumatismo de períneo, com ou sem fraturas de ossos pélvicos;
·         Dificuldade de passagem da sonda;
·         Processos infecciosos na região;
·         Falta de cateteres urinários apropriados;
·         História de cirurgia na uretra.

OBS: Nessas situações opta-se pela sondagem suprapúbica.



COMPLICAÇÕES RELACIONADAS AO USO DE CATETERES URINÁRIOS:

Agudas: Infecções urinárias sintomáticas associadas a curta permanência do cateter, podendo incluir quadros de hipertermia, pielonefrite aguda podendo o paciente evoluir para sepse e morte.

Crônicas: urinárias sintomáticas associadas a longa permanência do cateter, incluindo obstrução do cateter, cálculos urinários, infecções periurinárias localizadas, inflamações renais crônicas e após muitos anos, câncer de bexiga.

Seguramente, o cateterismo vesical constitui o procedimento médico mais amplamente praticado e segue sendo de inestimável valor para o diagnóstico e tratamento de vários processos patológicos. No entanto, a sua execução pode ter sérias complicações, se realizada sem os cuidados básicos da instrumentação urológica.

Bacteriúria invariavelmente acompanha o cateterismo vesical de longa duração.


Muitos fatores têm sido identificados 
como responsáveis pela alta prevalência de bacteriúria associada ao cateter, como o sexo feminino, idade avançada, comorbidades (fatores de risco inalteráveis); e indicação de cateterização, duração da cateterização, cuidados com o cateter e 
sistema de drenagem e contaminação cruzada (fatores de risco alteráveis).






Estratégias efetivas para reduzir a incidência de infecções associadas ao cateter incluem inserção estéril e cuidados com o cateter, remoção o mais precoce possível e o uso de um sistema de coleta fechado. 


Episódios sintomáticos de infecção em pacientes com cateteres devem ser tratados com agentes antimicrobianos, como recomendado para infecções complicadas do trato urinário. Tratamento de bacteriúria assintomática aparentemente tem pouco benefício em pacientes com cateteres.





CATETERISMO FEMININO:

CATETERISMO MASCULINO:

CATETERISMO SUPRA-PÚBICA:

FONTES:

  1. http://www.acm.org.br/revista/pdf/artigos/361.pdf
  2. http://enfermagembydiogo.blogspot.com.br/2012/03/cateterismo-vesical.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário