O Programa “Assistência Integral à saúde da Mulher: bases de ação programática” (PAISM) foi elaborado pelo Ministério da Saúde e apresentado na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da explosão demográfica em 1983, a discussão se pautava predominantemente sobre o controle da natalidade. O Ministério da Saúde teve um papel fundamental, pois influenciou no âmbito do Governo Federal e este por sua vez, se posicionou e defendeu o livre arbítrio das pessoas e das famílias brasileiras em relação a quando, quantos e qual o espaçamento entre os/as filhos/as.
Trata-se de um documento histórico que incorporou o ideário feminista para a atenção à saúde integral, inclusive responsabilizando o estado brasileiro com os aspectos da saúde reprodutiva. Desta forma as ações prioritárias foram definidas a partir das necessidades da população feminina, o que significou uma ruptura com o modelo de atenção materno-infantil até então desenvolvido.
(...)
Destacamos que o Sistema Único de Saúde tem três esferas de atuação: federal, estadual e municipal. O nível federal tem principalmente, as atribuições de formular, avaliar e apoiar políticas; normalizar ações; prestar cooperação técnica aos Estados, ao Distrito Federal e municípios; e controlar, avaliar as ações e os serviços, respeitadas as competências dos demais níveis. A direção estadual do SUS tem como principais atribuições promover a descentralização de serviços; executar ações e procedimentos de forma complementar aos municípios; prestar apoio técnico e financeiro aos municípios. À direção municipal do SUS compete, principalmente, a execução, controle, avaliação das ações e serviços das ações de saúde.
Os altos índices de mortalidade materna, por câncer de colo uterino, AIDS, câncer de mama, osteoporose, diabetes e tantas outras doenças podem ser evitadas desde que detectadas precocemente e curadas através de procedimentos que só têm sido oferecido episodicamente às mulheres, através de mutirões ou campanhas isoladas, cujos resultados não têm sido satisfatórios.
O PAISM aborda todas essas questões juntas e as oferece, com simplicidade e eficiência, a todas as mulheres na atenção primária (consultórios móveis e traillers). O projeto do Hospital Pérola Byington, de 1991 a 1998, demonstrou que isso é possível, viável e com ótimos resultados.
Um passo adiante nessa direção é alem do diagnóstico precoce promover a verdadeira prevenção e isso esta sendo oferecido a voce por um programa de computador especialmente preparado para este fim. (http://www.saudeprev.com.br/paism/index.php)
Foi verificado que a mulher, especificamente, exige uma atenção especial em função de fases diferentes da sua vida, situações diferentes na vida, patologias específicas, situações especificas...
Então em função disso e por um ideário feminista, a mulher é vista como um todo.
Assim, o Programa vai visar toda parte de Assistência Obstétrica, Clínico-Ginecológica e mais a parte Sistema de Vigilância Epidemiológica da Morte materna (que são as ações básicas).
Então, o PAISM diz que TODAS AS MULHERES têm direito a serem atendidas em TODOS os subprogramas do PAISM:
- Pré-Natal,
- Planejamento Familiar,
- Prevenção de IST (Infecção Sexualmente Transmissível),
- Prevenção de detecção precoce de câncer de Colo e Mama,
- Menopausa,
- Puerpério,
- Habitação,
- Outros...
Cada subprograma tem a sua forma de assistência à mulher, mas TODOS os profissionais que estão na atenção primária têm que ser capacitados e qualificados à mulher. Não precisam ser especialistas mas treinados em todos os subprogramas!
Amei essa pagina, já esta nos favoritos em primeiro lugar. Parabéns!!!
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