AGENTE ETIOLÓGICO:
- Enterobius vermiculares
NÃO POSSUI HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO,
SENDO EXCLUSIVO DO HOMEM.
Enterobíase/Enterobiose ou Oxiurose/Oxiuríase é o nome da infecção por oxiúros (Enterobius vermicularis), que são vermes nematódeos com menos de 15 mm de comprimento e que parasitam o intestino dos mamíferos, principalmente primatas, incluindo o homem. É a única parasitose que ainda é hoje comum nos países desenvolvidos, atingindo particularmente as crianças.
O oxiúro é um verme *nemátode pequeno e fusiforme. As fêmeas têm cerca de 1 centímetro e cauda longa, enquanto os machos apenas 3 milímetros.
*Os nemátodes são organismos pertencentes ao filo Nemata (=Nematoda), e constituem o
mais numeroso grupo de metazoários existente no solo
MORFOLOGIA:
MACHO: 5mm. Extremidade posterior enrolada ventralmente para proteção do espículo.
OVO: Forma de um D. possui membrana dupla e transparente, com larva dentro.
HABITAT:
Ceco e apêndice. As fêmeas com ovos são encontradas na região perianal. Nas mulheres, esse parasita pode ser encontrado na vagina, útero e bexiga.
MODO DE TRANSMISSÃO:
São diversos os modos de transmissão:
a) Direta: do orificio retal para a cavidade oral, através dos dedos, principalmente nas crianças, doentes mentais e adultos com precários hábitos de higiene.b) Indireta: através da poeira, alimentos e roupas contaminados com ovos.c) Retroinfestação: migração das larvas da região retal para as regiões superiores do intestino grosso, onde se tornam adultas. Os ovos se tornam infectantes poucas semanas após terem sido colocados na região periretal pelas fêmeas grávidas, que migram ativamente do ceco e porções superiores do cólon até a luz do reto e daí para a região periretal, onde fazem a ovoposição.
SINTOMAS:
- Movimentação das fêmeas grávidas por ocasião da postura na região retal e/ou periretal, gerando prurido (coceira) predominantemente noturna, sendo este o principal sintoma da infestação.
- Migração das fêmeas para a órgão genital feminino, vulva, útero, etc. determinando vulvovaginite com corrimento e prurido.
CICLO BIOLÓGICO:
Monoxênico
Após a cópula, os machos morrem e são eliminados junto com as fezes.
As fêmeas então com ovos vai para o ânus para ovoposição, pricipalmente à noite (causando o prurido anal noturno), pois esperam diminuir o metabolismo do hospedeiro. Para a liberação dos ovos, o tegumento da fêmea fica bem fino.
Os ovos se tornam infectantes em 6h e são ingeridos pelo hospedeiro.
As larvas rabditóides eclodem no intestino delgado, sofrendo 2 metamorfoses até o ceco, onde se transformam em adultos.
Depois de 1 a 2 meses as fêmeas vão para a região perianal e se não houver reinfecção, o parasitismo se extingue aí.
A sobrevida do verme é de 2 meses.
PROFILAXIA:
O tratamento deve ser indicado para todas as pessoas da família quando um caso é diagnosticado, para todos os participantes de um grupo comunitário, para interromper o ciclo da transmissão que no caso é fezes ---> boca ---> fezes.
São usados como medicamentos o mebendazol, o albendazol, o pamoato de pirantel, todos com altos índices de cura ( 95% ).
As heteroinfecções são evitadas pelo tratamento conjunto.
Apesar dos altos índices de cura a terapêutica deve ser repetida após 2 semanas.
O controle de cura é feito uma semana após o segundo esquema terapêutico, pelo método do swab retal, durante 7 dias consecutivos (ou cinco em dias alternados).
DIAGNÓSTICO:
O diagnóstico laboratorial feito através do exame comum de fezes é falho, pois somente em 5% dos casos são encontrados ovos ou vermes adultos.
O melhor método é feito através do swab retal (um palito com chumaço de algodão na ponta) ou pelo chamdo método de Graham (fita adesiva transparente e lâmina de microscopia).
A coleta deve ser feita pela manhã, antes de qualquer higiene.
FONTES:
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